Lourenço Marques fez 134 anos no dia 10 de Novembro

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Lourenço Marques/Maputo, a mais bela capital africana faz hoje 134 anos
Cidade das Acácias e Pérola do Índico, certamente a mais bela capital africana – foi antes Xilunguíne, uma aldeia em caniço, cercada por pântanos – Lourenço Marques celebra hoje 134 anos de elevação a cidade.
Ao contrário de Luanda, cidade que remonta ao século XVI, em Lourenço Marques foi possível pensar e realizar por inteiro uma urbe moderna numa escala e num esforço dignos de espanto, pois o plano inicial, riscado há mais de um século, evoluiu sempre em harmonia com a ideia original de uma cidade de traçado ortogonal, com longas avenidas cruzadas por ruas largas e arejadas, emolduradas por acácias e jacarandás, vias macadamizados e alcatroadas, passeios em pedra e cimento, grandes jardins públicos, ampla zona portuária tirando partido do segundo maior porto natural do mundo (Delagoa Bay), casario alinhado e imponente zona comercial que nos anos 30 já conhecia grandes superfícies comerciais onde as escadas rolantes eram coisa banal, grandes salas de espectáculos e unidades hoteleiras de fama mundial. Lourenço Marques era, nos anos 70 do século passado, estimada pela sua beleza e arrojada modernidade, um centro político e administrativo dotado de imponentes edifícios, centro industrial em plena expansão e zona portuária fervilhante de actividade, servida por um dos principais nós ferroviários de África, mas também por um grande aeroporto, pontilhada por hospitais, liceus, universidade, bibliotecas e infraestruturas desportivas.
Filha do génio português, Lourenço Marques/Maputo é merecedora do justo orgulho de todos os portugueses e moçambicanos. Quando, em 1975, convidado para participar nas festividades da independência, o presidente tanzaniano Julius Nyerere aterrou no aeroporto de Lourenço Marques, as primeiras palavras que trocou com Samora Machel foram sobre o que lhe fora dado ver do ar. O presidente tanzaniano afirmou que aquela cidade aprumada, grandiosa e cenográfica o enchia de ciúmes, pois que em África jamais tinha visto algo que se lhe comparasse.
MCB
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