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Não, não estávamos lá para o business

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Em meados de 1691, o aventureiro alemão Gelbert Kaempfer, autor de uma Histoire Naturelle, Civile, et Ecclesiastique du Japon, passou por Ayutthaya, então capital do Sião (hoje Tailândia), tendo vivido por algumas semanas no bandel (1) dos Portugueses. Foi convidado por um sacerdote português para se instalar na cabana onde este vivia. O sacerdote dormia numa esteira, tinha uma gamela, um copo, uma garrafa e o mobiliário de tão pobre choupana limitava-se a uma arca onde se guardavam livros e paramentos. Pelas paredes e no tecto, lagartos insectívoros, únicos companheiros do missionário, deslocavam-se pachorrentamente comendo moscas e mosquitos. Era assim que viviam aqueles pobres do mundo, líderes das cristandades espalhadas pelo espaço de missionação do Oriente.
Quanto a São Francisco Xavier, o Apóstolo das Índia, morreu em Sanchoão aos 46 anos de idade minado pela exaustão e pela doença. Na choça que lhe servia de abrigo, tinha como únicos bens uma esteira de vime, um manual e uma Bíblia.

(1) Aldeamento.

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